Vem aí a Taça

Sentado na Bancada

por Rui Chumbita Nunes
(Advogado)

É verdade, é já no próximo domingo, pelas 19:00 horas que, no Bonfim, recebemos o Arouca naquele que é o nosso primeiro embate numa prova em que temos tradições até porque já a vencemos por três vezes, estivemos na edição mais longa (em tempo de jogo), desta (contra a Académica e trouxemos o caneco) e seria um motivo de orgulho para todos os setubalenses se pudéssemos voltar discutir uma final numa competição rainha e que todos os atletas gostam de disputar. É uma sensação fantástica que eu tive o prazer de viver com a particularidade, no meu caso, de a ter ganho contra o, à altura, campeão nacional Benfica.

Setúbal coloriu-se de verde, os barcos sulcaram o Sado numa homenagem dos homens do mar ao seu Clube de coração e, durante algum tempo, esta região foi colocada no mapa nacional pelas melhores razões à semelhança do que tinha acontecido em 1965 e 1967 quando ganhámos as outras duas.

E dúvidas não subsistem que o V.F.C. é um motivo de orgulho para todos aqueles que o amam porque, a seguir ao Benfica, Porto e Sporting, é quem tem mais Taças de Portugal conquistadas e a nível de troféus ganhos ao longo da sua centenária história, é um dos maiores de Portugal.

Parafraseando, com a devida vénia, Giovanni Licciardello: "És do Sul, teso, caloteiro, pedinte, não gostam de ti por aí, tentam entalar-te, ligam-te pouco e mesmo assim dás enormes alegrias aos teus adeptos? Que raio de clube és tu afinal? Que força é essa Vitória?". É a força que move montanhas e céus e que não tem dimensão nem fronteiras como, aliás, se demonstra pelo Ilustre adepto vitoriano que é o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos de Almeida Fonseca.

Para domingo não temos muitos atacantes porque Diego Maurício, Forbes e Lupeta ainda não estão aptos para competir após as lesões que os assolaram, mas já demonstrámos que é possível mesmo sem avançados de raiz, ter uma prestação atacante interessante a partir da forma como Domingos Paciência monta a equipa e existe uma arma para o Arouca que é o ponta de lança brasileiro Giovani Rosa, contratado ao América do Brasil e que tem planta e presença física ainda que não tenha conseguido consolidar o seu espaço na equipa apesar de já ter jogado 4 jogos sem que, no entanto, tenha ido buscar a bola ao fundo das redes.
E, como sabemos, um avançado vive de golos pelo que, caso jogue, poderá encontrar o caminho certo para fazer jus ao seu poderio de artilheiro e justificar plenamente as razões porque foi contratado.

Neste interregno de seleções apenas houve competição nas divisões secundárias e no Grupo "G" do Campeonato Nacional de Séniores, o Pinhalnovense voltou a claudicar em casa contra o Atlético da Malveira, por uma bola a zero ocupando, atualmente, o penúltimo lugar da classificação já a 9 pontos do leader Cova da Piedade sendo que a 26 de Outubro irá a S. Pedro de Sintra defrontar o 3º classificado, 1º Dezembro, num jogo que será, certamente, difícil para este clube que agora é filial do Vitória e treinado por uma velha glória do Clube, Quim. Faço votos para que tudo corra pelo melhor e que se possa dar uma sapatada na crise de resultados sacudindo as 4 derrotas para mais uma vitória que permitirá respirar melhor porque é um clube com história, simpático e que já teve performances muito interessantes dando mais força ao futebol do nosso distrito.

Termino, aduzindo que foi bonita a cerimónia de apresentação do livro "Crónicas Vitorianas" de Giovanni Licciardello num repleto Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal onde estiveram algumas grandes glórias do Vitória: Guerreiro, Mourinho Tomé, Rebelo e Herculano, tendo eu tido a honra e o prazer de me sentar ao lado deles o que me encheu de orgulho em mais uma jornada que foi, sem dúvida, de fervor vitoriano e bem eloquente quanto ao significado deste Clube.

Volto na próxima semana.

Até lá… um Abraço. 


Rui Chumbita Nunes - 15-10-2014 09:46

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